segunda-feira, 15 de setembro de 2014

PNZ CURSOS PARA PILOTOS

Últimas vagas para o Curso de Piloto de Avião, que tem início para 22/09.
Não percam tempo.


sexta-feira, 6 de junho de 2014

AMAZING ANTONOV AN-124 TAKEOFF Head-on view


Wet runway! Emirates Boeing 777-300 blowing up the water.


Um dia no Campo de Marte - Timelapse


Incrível time-lapse de um dia inteiro na taxiway do aeroporto Campo de Marte (SBMT) em São Paulo - SP. Gravado em 05/12/2013.

A intenção era de gravar em um dia ensolarado para captar o máximo de voos possível, porém a chuva veio inesperadamente no fim do dia e deixou o vídeo ainda mais legal.

O vídeo foi feito com uma GoPro 2 a partir de fotos tiradas no decorrer de aproximadamente 15 horas (das 05h até as 20h), capturadas de 5 em 5 segundos, totalizando mais de 11 mil fotos e depois unidas em um vídeo de 30fps.


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Comandante de 727 mostra como funciona cabine da aeronave

Publicado em 27/05/2013
O Fantástico foi à cabine de um 727, que é um avião usado no Brasil para transporte de cargas, para saber quais são os principais comandos dessa aeronave. O piloto Rômulo Dantas explicou como são feitas as curvas, o controle de descida e subida e o acelerador.

http://youtu.be/raJ-meG0IjQ

sábado, 31 de maio de 2014

sábado, 24 de maio de 2014

AVIÕES GIGANTES DO AR EM AÇÃO --VERDADEIRO MALABARISMO

Publicado em 10/05/2013
AVIÕES GIGANTES DE CARGA E PASSAGEIRO.
POUSANDO E DECOLANDO: VERDADEIRO MALABARISMO!
VEJA O GIGANTE RUSSO ANTONOV 225


sexta-feira, 9 de maio de 2014

O Sonho de Voar não tem limites

Joseph Grabianowski - AFF Training



Veterano do exército dos EUA e guerreiro ferido, Joseph Grabianowski, aprendeu a skydive com a ajuda de AXIS Flight School em Eloy, Arizona. Joe é uma história de sobrevivência, triunfo, e coragem que já inspirou milhares de pessoas. Depois de sofrer ferimentos de explosão de uma bomba de beira de estrada no Afeganistão em 29 de maio de 2012, Joe passou por uma série extenuante de cirurgias que concluiu com ele se tornando um dos amputados de mais alto nível no Walter Reed.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cartas Enigmáticas


Reportado por Renato Cobel na frequência ArtigosEnderson Rafael

Cartas Enigmaticas Piper Canal Piloto Cartas Enigmáticas
Cartas Enigmáticas
Calculando performance com as cartas da Piper
Por Enderson Rafael
Oscar Lima Alpha, como quem leu o artigo da semana passada viu, hoje refaremos os cálculos de performance, mas de uma outra fabricante: a Piper.
Enquanto avião de instrução de asa alta é em grande parte sinônimo de Cessna – e o Cessna 172 é a aeronave civil mais fabricada da história, com mais de 35mil exemplares entregues – quando falamos de avião de instrução de asa baixa ou multimotor, a Piper vira o jogo. Por isso, hoje veremos como calcular a performace de um ícone da fabricante com sede em Vero Beach, Florida.
Questão presente nas provas escritas da licença de Piloto Privado na FAA, a interpretação das cartas de performance da Piper são uma dor de cabeça pra quem faz seu treinamento inicial num Cessna, e portanto não está familiarizado com as cartas enigmáticas da concorrente. Mas uma vez que se domina a maneira de fazer, fica fácil e prático. Ao invés de trazer tabelas de temperatura e altitude de pressão, como vimos que a Cessna faz no artigo anterior, a Piper traz gráficos em que uma linha fluida atravessa os diversos parâmetros para resultar em dados como climb, VySE, accelerate-stop distance, take off distance, landing distance, endurance, entre outros. Como o peso e balancemanto já foi visto no primeiro artigo, consideraremos o peso máximo de decolagem da aeronave.
Hoje estamos com nosso Cherokee na simpática cidade mineira de Poços de Caldas. Temos três adultos a bordo, mais bagagem e combustível, perfazendo o peso máximo de decolagem do PA-28-140 de 2150lb (977kg). A pista de Poços de Caldas (SBPC) é pavimentada e tem 1250 metros, ou, na unidade que nosso gráfico encontrará, 4100 pés de comprimento. Não é uma pista curta, mas a 4135 pés de altitude de campo, toda atenção a esse item é pouca. E quem vai nos dizer o tamanho do abacaxi é o METAR: apesar de estarmos no outono, é uma da tarde e o METAR de SBPC mostra ventos de 270 graus com 6 nós, CAVOK, temperatura de 27oC, com ponto de orvalho de 10oC, e ajuste do altímetro de 1024. A diferença de temperatura entre a atual e o ponto de orvalho já dá a dica de que pelo menos a umidade está bem baixa, o que sempre ajuda na performance – e no voo VFR. Mas 27oC a esta altitude… Bom, não dá pra saber antes de fazermos algumas contas rápidas. Podemos sem problemas calcular a altitude de pressão: altitude de pressão é igual (pressão padrão – pressão atual) x 30 + elevação do campo. Logo, temos: altitude de pressão = (1013 – 1024) x 30 + 4135. Ou seja, 4135 – 330, que é igual a 3805ft. Bacana, a pressão alta nos ajudou. Mais fácil que calcular assim, só colocando 1013 (ou 29.92) no ajuste de altímetro. O valor que aparecerá no altímetro vai ser praticamente idêntico a esse.
carta piper img1 canal piloto Cartas Enigmáticas
Mas hoje estamos de Cherokee, e a Piper usa nestes gráficos a altitude de densidade, que é a altitude na qual o avião se sente, e ela é uma função de temperatura e pressão. Também tem fórmula, bem marota até.
Altitude de densidade = altitude de pressão + [120 x (OAT – ISA Temp)].
Bom, ISA é a temperatura da atmosfera padrão ao nível do mar: 15oC. Pra cada 1000 pés, ela cai 2oas a rule of thumb (expressão que os americanos usam pra dizer de uma regrinha que se você decorar te ajuda em cálculos simples). Logo, em Poços de Caldas, a ISA é de 7oC. OAT é temperature do ar externo (outside air temperature). Hoje está em 24oC, segundo o METAR e como mostra o termômetro do seu avião também. Aplicando na fórmula esses dados e o que já tínhamos calculado antes, temos que altitude de densidade = 3805 + [ 120 (17)]= 5845. Ou seja, seu avião pode estar em Poços de Caldas, mas está se sentindo mais alto que em Monte Verde. Por favor, gente, não se acanhem diante das fórmulas: dá pra calcular tudo isso com a EB6 ou outro computador de voo, mas não duvide que saber essas coisas pode ajudar numa seleção tanto quanto se você esquecer o computador de voo em casa.
E então, quanto de pista precisaremos? Segundo o gráfico, aplicando tudo que descobrimos até aqui, 1550ft de pista e mais que o dobro disso para livrarmos um obstáculo de 50ft. Ou seja, temos uma margem boa aqui, mas que demanda atenção, afinal, com a altitude sugando forças do seu motor e da efetividade das pás da sua hélice, sempre é importante ter em mente os cálculos de performance.
Se estivéssemos no verão, por exemplo, com pressões mais baixas e temperaturas mais altas, decolar de Poços de Caldas poderia tornar-se uma aventura. E não há outra maneira de se descobrir isso de antemão a não ser fazendo os cálculos de performance. Vamos chutar aqui condições de um verão: 35oC, com ajuste altímetro de 1013 pra facilitar a conta: teríamos uma altitude de densidade de incríveis 7285 pés. Volte lá no gráfico e veja o que ele diz sobre altitudes de densidade como essa…
Há muitos outros gráficos no manual do avião que permitem que calculemos tudo nele relativo ao nosso voo. É sempre um exercício interessante e saudável ler e reler o manual da sua aeronave, afinal, já que nunca saberemos tudo, quanto menos desconhecermos, melhor. E é importante ver a relação de cada uma das peças: por exemplo, gastamos só 450 metros pra sair do chão, mas passaremos a cabeceira oposta da pista 27 ainda raspando as árvores. Como esse gráfico abaixo, do “rate of climb” nos mostra: que me desculpe seu lindo Cherokee, mas sua razão de subida nessas condições é mais sofrível que a de um Cessninha 150 ao nível do mar.
carta piper img2 canal piloto Cartas Enigmáticas
Portanto, sempre considere decolar de aeroportos altos em horas mais frescas do dia, como de manhã e à noite, como a tripulação de um Boeing 737-800 da Copa Airlines precisou fazer dia desses em Porto Alegre e muitos passageiros não entenderam. É possível que seus passageiros não entendam também, portanto explique. Conhecimento é sempre um aliado do piloto, até para acalmar patrões e passageiros.
Bons voos e até a próxima, quando veremos algumas coisas sobre a performance do Seneca!
Enderson Rafael é Piloto Comercial MLTE/IFR pela FAA e ANAC, Comissário de Voo, escritor e um dos representantes no Brasil da Treasure Coast Flight Training, na Florida – EUA.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Fraseologia: Escute, pratique e aprenda


Reportado por Luiz Cláudio Ribeirinho na frequência Artigos

Fraseologia1 Fraseologia: Escute, pratique e aprenda
Quando falamos em nossa formação aeronáutica teórica, mais precisamente a de piloto privado, a primeira coisa que costuma vir à mente são as matérias exigidas na banca da ANAC: Teoria de Voo, Conhecimentos Técnicos, Regulamentos de Tráfego Aéreo, Meteorologia e Navegação Visual. Tendemos a acreditar que a isso se resume toda a formação que podemos ter antes da instrução prática. Porém, algumas das coisas que serão vistas em nossas horas de voo podem ser previamente estudadas e praticadas, antes mesmo de nos sentarmos aos comandos de uma aeronave pela primeira vez.
Uma das coisas que podemos (diria até “devemos”) praticar antes da instrução prática é a fraseologia, que pode ser definida como a forma padronizada de comunicação verbal, via rádio, entre pilotos e órgãos de controle. É de suma importância para a segurança e bom funcionamento do tráfego aéreo que o piloto domine a fraseologia padrão, sendo capaz de efetuar comunicações concisas, objetivas e isentas de interpretação dúbia. Mas você sabia que é possível até praticá-la, mesmo antes de iniciar seus voos de instrução?
A primeira e mais importante recomendação a ser dada no estudo de fraseologia é a leitura do documento MCA 100-16, publicado pelo DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Ali estão estabelecidas todas as normas da fraseologia padrão, incluindo alfabeto fonético e pronúncia numérica, bem como o que se deve e o que NÃO se deve dizer durante as comunicações aeronáuticas. A edição mais recente do documento, datada de 12 de Dezembro de 2013, possui apenas 73 páginas, entre índices e referências. Portanto, não há desculpas para não estudá-lo integralmente.
Como a comunicação é feita de forma falada, é importante também praticar a escuta e a compreensão dessas mensagens. E para isso, existem diversos sites de escuta aeronáutica que podem ajudar bastante. O mais famoso deles, o LiveATC, disponibiliza streamings de mais de 560 posições de controle ao redor do mundo, incluindo torre, aproximação, controle de saída, e em alguns casos, até coordenação de helicópteros. Basta escolher sua localidade pelo código ICAO correspondente do aeroporto mais próximo. É possível encontrar as transmissões dos principais aeroportos do planeta, como os citados em nossa série Os 10 Aeroportos Mais Movimentados do Mundo. Em caso de aeroportos ainda não cobertos, o site disponibiliza instruções simples sobre como voluntariar-se a colaborador no fornecimento de sinal. É possível, ainda, fazer download gratuito das transmissões dos últimos 30 dias. Transmissões mais antigas podem ser baixadas mediante uma colaboração financeira ao site.
Outra forma de praticar sua escuta é adquirir um receptor de frequências aeronáuticas. É possível escutar qualquer frequência, não apenas as disponibilizadas online, com a vantagem de escutá-las em tempo real, enquanto que no streaming há um ligeiro atraso na transmissão. Basta somente estar dentro da área de alcance da frequência desejada. É importante lembrar, no entanto, que interferir nas comunicações aeronáuticas é crime, com pena de até dois anos de prisão. Neste caso, recomenda-se preferir um aparelho receiver, que apenas recebe os sinais, ao invés de um transceiver, capaz também de transmitir. A Bianch Pilot Shop, parceira do Canal Piloto, disponibiliza o Airband Scanner da TTI, uma das melhores opções do mercado em relação custo-benefício para receptores aeronáuticos. Trata-se de um aparelho bastante recomendável para o estudo de fraseologia, que vale a pena conhecer.
Aos que apreciam também a aviação virtual, há ainda mais uma forma de estudar fraseologia, podendo inclusive colocá-la em prática. Através de simulações em ambientes online, hospedadas por servidores como IVAO e VATSIM, é possível comunicar-se com outros pilotos e controladores virtuais, em um ambiente bastante propício para se exercitar a comunicação. Mesmo não sendo uma entidade homologada e reconhecida pelos órgãos controladores, a comunidade virtual preza por manter qualidade e realismo o mais próximo possíveis do ambiente real. Iniciativas como oVectors ATC Group, um grupo composto por controladores virtuais, visam o treinamento e padronização de seus membros, buscando capacitá-los de forma mais próxima possível à dos controladores reais. Há ainda os eventos como os “Crowded Skies” da IVAO (“Céus Lotados”, em tradução livre), que visam reunir a maior quantidade possível de pilotos e controladores em um mesmo horário, possibilitando aos pilotos efetuar seus voos virtuais tendo todas as posições de controle ocupadas. Por se tratar de um hobby, é comum não haver controladores online, ficando o ambiente sob controle apenas da coordenação de tráfego, tal como em uma FIR.
É importante lembrar que uma falha de comunicação foi a principal causa do maior acidente aéreo da história, o desastre de Tenerife. Como este que humildemente vos escreve costuma dizer, “a colocação de uma vírgula pode declarar a guerra ou selar a paz”. Portanto, estude e pratique a fraseologia, e jamais subestime a importância de uma comunicação clara e concisa. Ela pode ser um fator decisivo de sucesso ou fracasso, nos céus ou fora deles.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

ENDLESS SUMMER


Para o Alto e Avante

Alto e avante C152 Canal Piloto Para o Alto e Avante
Como calcular a performance de decolagem de um Cessna 152
Por Enderson Rafael
Oscar Lima Alpha, senhores aviadores, como diria meu amigo Sales. No último artigo vimos qual a importância e como fazer o Peso e Balanceamento de um Cessna 152 utilizando tanto a técnica de calcular os momentos a partir da linha datum quanto usando o gráfico presente no manual do avião. Embora estas não sejam as únicas maneiras de fazê-lo – quem teve a oportunidade de fazer o P&B de um jato sabe disso – são as mais simples e difundidas para a aviação “pequena”, por assim dizer.
E se há algumas opções de P&B, quando o assunto é cálculo de Performance, são mais opções ainda. Sem entrar no mérito das matérias de PLA, onde outros aspectos bem mais complexos são abordados, veremos neste artigo como calcular a performance de um Cessna 152. Como o assunto é extenso, neste artigo, falaremos dos cálculos apenas de decolagem. Numa outra oportunidade, falaremos também da performance em rota – que está bastante ligado à navegação e ao planejamento de voo.
Vamos começar pelas coisas que influenciam na performance de uma aeronave: além da própria aeronave (peso e balanceamento), entram na conta fatores como temperatura, altitude e vento. A maneira como estes elementos interagem ditam quanto de pista um avião vai precisar para decolar e pousar. Duas velocidades chave para lembrarmos aqui são a Vy e a Vx. Vy é a velocidadede “best rate of climb”. É a velocidade que nos dá maior ganho em altitude em um determinado espaço de tempo, e a velocidade que devemos usar normalmente. Vx é a velocidade “best angle of climb”, e nos oferece o maior ganho de altitude em uma determinada distância, e é a velocidade que usaremos para decolagens em pistas curtas (“short field take offs”).
No caso específico do Cessna 152, a Vy é de 67 KIAS (velocidade indicada) ao nível do mar. A Vx é de 54 KIAS, considerando as técnicas de short field take off – flaps 10o até 50ft (no treinamento usamos 200ft), acelerando pra Vy depois e recolhendo os flaps.
Mas as velocidades indicadas – e que são as que temos no airspeed indicator – pouco têm a ver com o nossa ground speed, que é influenciada totalmente pelo meio: vento, temperatura e pressão. Para facilitar a nossa vida, ao invés de colocar na carta de performance a altitude de densidade, que é a altitude na qual o avião “se sente”, a Cessna coloca nas cartas de performance a temperatura e altitude de pressão. O gráfico que a Cessna usa para este cálculo é o que veremos a seguir.
Lembremos do nosso artigo anterior: temos um Cessna 152 com tanque cheio e peso total de decolagem (Take Off Weight) de 720Kg, ou seja, 1584 Libras. Completamente dentro do peso máximo de decolagem permitido da aeronave de 1670lb, ou 756Kg. Ao contrário do Peso e Balanceamento, onde você deve usar valores exatos, para performance, é permitido que você arredonde para valores mais conservadores. Ou seja, poderíamos até calcular a performance exata para 1584lb de peso de decolagem, mas ao considerar valores maiores, estamos na verdade nos dando uma margem extra de segurança.
Portanto, com relação ao peso, consideraremos o peso máximo de decolagem da aeronave: 1670lb – note que este gráfico está em libras, graus celsius e pés, então, para voar no Brasil, precisaremos converter algumas unidades.
Outra coisa a ser observada é que a tabela traz os valores para Short Field Take Off Techniques, ou seja, os consideráveis com Flaps 10º, decolando com potência máxima a partir do “brakes release” mantendo Vx até 50ft. O próprio manual recomenda: para o “normal” take off, você deve utilizar os valores na linha acima – que são mais conservadores ainda.
Estamos nós em Viracopos, Campinas. São 2170 pés de elevação de campo. A pista tem 3480 metros de extensão, ou seja, cerca de 10500 pés de comprimento. Hoje está uma temperatura amena, temos 21oC e um vento de 150 graus com 9 nós e QNH de 1023. Sendo 30 pés para cada milibar, nossa pressure altitude é de 2470ft (300 acima da ISA), e sendo -2oC para cada 1000 pés, temos uma ISA de 11oC a 2170 pés, ou seja, hoje temos 10oC acima da ISA. (Pra quem ficou curioso, uma altitude de densidade de 3732 pés é a referência que a Piper usa nas suas cartas, como veremos num outro artigo sobre a forma peculiar de se calcular performance nos manuais da fabricante do Seneca e do Cherokee).
enderson performance canal piloto e1398742364602 Para o Alto e Avante
Basta usarmos a linha seguinte: para o peso de 1670lb (já conservador, pois estamos mais leves que isso), usaremos 3000ft de pressure altitude e 30oC de temperatura (destaques em vermelho). Teremos portanto um ground roll (corrida de decolagem) de 1080 pés e livraremos 50 pés a 2020 pés do ponto de brake release. Mas faltou considerar o vento: 9 nós de vento de proa (head wind). O manual diz para tirarmos 10% dos valores encontrados para cada 9 nós de headwind e para adicionarmos 10% para cada 2 nós de tail wind (vento de cauda). Logo, nos nossos cálculos teremos 1080-108=972 pés de ground roll, ou seja, aproximadamente 320 metros de corrida de decolagem, tudo isso para decolagem curta. Numa decolagem normal (flaps up, aceleração normal), usamos a linha seguinte: 4000 ft/40oC (destaques azuis).
Descontado o vento de proa, ground roll de 1157 pés (381 metros) livrando um obstáculo de 50 pés 2200 pés (726 metros) após iniciar a decolagem. Na própria tabela dá pra perceber a enorme diferença que a temperatura faz nessa conta. Se fossem 10oC, gastaríamos quase 100 metros a menos para decolar do que se fossem 40oC. Numa pista longa como a de Campinas, isso faz pouca diferença. Já numa pista curta, ou de grama, ou com obstáculos próximos, isso pode fazer toda a diferença do mundo. Não preciso nem lembrar do quão temeroso fica se estivermos com mais peso do que podemos, num dia mais quente do que de costume, numa pista mais alta do que a média, como o vídeo do Cessna caindo após a decolagem na Colômbia nos mostra, não é?

Bons voos e até a próxima!
Enderson Rafael é Piloto Comercial MLTE/IFR pela FAA e ANAC, Comissário de Voo, escritor e um dos representantes no Brasil da Treasure Coast Flight Training, na Florida – EUA

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Os 8 maiores helicópteros do mundo

Mi 26 Canal Piloto Os 8 maiores helicópteros do mundo
No mundo inteiro, diversos helicópteros foram produzidos para diversos empregos - seja para transporte, combate, cargueiro, treinamento, entre outros. Dentre esses helicópteros, sempre houve aqueles que se destacavam pelo seu tamanho. Exagerados ou não, nós separamos oito para compor nossa lista dos maiores helicópteros já criados até hoje. Confira:
8º: Boeing CH-46 Sea Knight
Recebendo a oitava colocação, este helicóptero de busca e salvamento, transporte e cargueiro possui 13,66 metros, e é equipado com dois motores turboshafts GE T58-GE-16. O Sea Knight participou da Invasão do Iraque, em 2003. Pela confiança adquirida pelos militares em operá-lo, surgiu uma frase que o representa: “nunca confie em um helicóptero com menos de 30 pés”
CH 46 Canal Piloto Os 8 maiores helicópteros do mundo
7º: Sikorsky CH-53 Sea Stallion
Criado para realizar serviços embarcados, este helicóptero pode atingir uma velocidade máxima de 315 km/h, além de transportar 38 soldados totalmente equipados ou 3.630 kg de carga. Ele recebe a 7ª colocação pelo seu comprimento de 22,01 metros.
CH 53 Canal Piloto Os 8 maiores helicópteros do mundo
6º: Sikorsky CH-54 Tarhe
Esse guindaste voador fica na nossa sexta colocação, por seu comprimento de 26,97 metros. Podendo carregar cargas extremamente pesadas, esta máquina realiza trabalho de transporte de cargas e combate a incêndios, com equipamentos que podem despejar água ou espuma. Mesmo com seu status de aposentado desde 1991, o Tarhe opera em alguns países, mostrando que não vai ser totalmente aposentado tão cedo.
CH 4 Canal Piloto Os 8 maiores helicópteros do mundo
5º: Boeing CH-47 Chinook
Esse helicóptero é um verdadeiro veterano de guerra, havendo participado da Guerra do Vietnam, Guerra do Irã-Iraque, Guerra das Malvinas, Guerra do Golfo, Guerra do Afeganistão e Guerra do Iraque. Suas principais funções durante e pós-guerra é o transporte de tropas, cargas e até ajuda humanitária. Com rotores do tipo tandem, o Chinook garante a quinta colocação, com 30,1 metros de comprimento.
CH 47 Canal Piloto Os 8 maiores helicópteros do mundo
4º: Mil Mi-6
Este helicóptero de transporte pesado dos anos 50 entra fica em quarto lugar, pelo seu comprimento de 33,18 metros. Durante seu período de produção, que perdurou dos anos 60 até os anos 80, foram construídos 925 exemplares.
Mi 6 Canal Piloto Os 8 maiores helicópteros do mundo
3º: Hughes H-17 Skycrane
Este helicóptero é literalmente um guindaste voador, com capacidade de voar com um peso bruto de 23 toneladas. Ele entra nesta lista por atingir modestos 39,62 metros de comprimento. É possível conferir mais detalhes sobre ele em nosso texto “Hughes XH-17: O peso pesado dos helicópteros
XH 17 Canal Piloto Os 8 maiores helicópteros do mundo
2º: Mil Mi-26
O segundo maior e mais poderoso helicóptero já construído até hoje é, sem dúvida, o Mi-26. Ele possui uma grande história operacional, havendo atuado no transporte de peças da nave espacial Buran, nas medições de radiação e utilização de material isolante para cobrir os danos no reator 4 de Chernobyl, na tentativa de um recorde de paraquedismo (World Team), na recuperação de dois Chinook, com lançamento de mísseis em campos minados na Chechênia, entre muitos outros. Garante o merecido segundo lugar, com 40,02 metros de comprimento.
Mi26 Canal Piloto Os 8 maiores helicópteros do mundo
1º: Mil Mi-12
E o maior helicóptero já construído na história é o “Homer”. Esta máquina atinge 50 metros de comprimento. Com seu projeto inacabado e alguns protótipos cancelados, ele chegou a realizar alguns voos, onde ergueu pouco mais de 44 toneladas e voou a uma altitude de 2.255 metros, estabelecendo recordes mundiais já quebrados nos dias de hoje. Recebeu também inúmeros prêmios por design, força e funcionalidade. Mesmo com todas essas conquistas, a Força Aérea Soviética recusou o projeto por diversos motivos, assim dando lugar ao nosso segundo colocado para seguir com o projeto, hoje muito bem sucedido.
Mi 12 Canal Piloto Os 8 maiores helicópteros do mundo
Poderá também gostar de:

terça-feira, 22 de abril de 2014

Dois pesos e duas medidas

Peso e balanceamento C152 Canal Piloto Dois pesos e duas medidas
Dois pesos e duas medidas
A importância dos cálculos de peso e balanceamento na aviação geral e de instrução
Por Enderson Rafael
Poucos assuntos são tão sérios e tão regularmente negligenciados na aviação de pequeno porte quanto o peso e balanceamento.
Enquanto nenhum Boeing ou Airbus decola sem esses cálculos feitos, aviões com muito menos potência e capacidade os ignoram sumariamente, colocando em risco as vidas de quem está a bordo e no solo também. O que precisamos é entender que estes cálculos não são difíceis, pelo contrário, são bastante simples, e além de um respaldo legal para o voo, trazem a segurança de o piloto poder esperar daquela aeronave parâmetros prometidos pelo fabricante. Para isso são necessárias algumas contas simples. Qualquer outra coisa é aposta.
Na FAA, os cálculos de peso e balanceamento são exigidos desde os primeiros voos do PP, então é algo que em pouco tempo fica natural para o aluno. Uma das aeronaves utilizadas para instrução inicial nos EUA, assim como no Brasil, é o Cessna 152, por ser uma aeronave bastante segura e de baixo custo (no Brasil cerca de R$470/h, nos EUA cerca de US$90/h).
Comecemos pelo começo: o CG, ou centro de gravidade, é o ponto de equilíbrio do avião. Existe uma margem para esse centro, e todo o peso de carga, passageiros e combustível, que devem ser distribuídos de forma a não exceder nem os limites máximos de peso, nem os limites máximos de distribuição. Nos EUA usamos os pesos em Libras, e eles vem descritos da mesma forma no POH (Pilot Operating Handbook), e a conversão para quilos é simples: cada libra equivale a 0,453Kg, ou 1kg=2.2049lb ou simplesmente 2.2lb aproximadamente. E 2.2 é um número mágico: é o dobro mais 10%. Ou seja, se você pesa 70kg, é fácil calcular: 70×2=140. Mais 10% (14), é igual a 154lb.
Outra unidade presente no manual do avião é “inches”, ou seja, polegadas. 1″=2,54cm. Como você verá no gráfico 6-12 do manual do Cessna 152, o limite do CG do simpático avião vai de 31 a 36,5 polegadas. Ou seja, temos um envelope de 5,5″, apenas 13cm! Isso em um avião com 8 metros de comprimento. Para você ver como não se brinca com peso e balanceamento. E não foge disso em nenhum avião: em um Seneca não chega a um metro, e mesmo num Boeing 737 não passa muito disso. Basta sair desse envelope para o avião se comportar de maneira estranha e até incontrolável, como o assustador vídeo do 747 que caiu no Afeganistão depois que a carga que ele levava se soltou nos lembra.
Outro conceito importante: peso e momento. Peso é o peso, sem mistério. Se você pesa 70kg, pesa 154lb, massa vezes a gravidade. Momento é outra coisa: é o peso multiplicado pela distância com relação a um ponto específico, a famosa alavanca. No Cessna 152, o manual traz a linha datum exatamente no firewall que separa o motor da cabine de pilotos, então você deve multiplicar o peso pela distância em inches de onde ele está com relação a essa linha datum, e cada estação tem um número em polegadas. Por exemplo: para o piloto e o passageiro, usa-se 39. Para o combustível, 40, e para bagagem 64. Então, se piloto e passageiro pesam juntos 300lb, temos um momento de 300 x 39 = 11700. Um Cessna com tanque cheio leva 24.5 US gallons de avgas (1.5 são unusuable fuel e entram no peso básico do avião, juntamente com o óleo). 1 galão pesa 6lb, então temos com tanque cheio 147lb de combustível. Multiplicado pelo “arm” de 40″, temos um momento de 5880. O cálculo também pode ser feito em kg x mm, unidades mais comuns aos brasileiros. E por aí vamos.
Pois bem: há duas maneiras básicas de se calcular os pesos e momentos do avião. Você pode multiplicar pelo “arm” que é dado para aquela estação como fizemos até aqui ou usar um gráfico que facilita esses cálculos. Este abaixo tem polegadas, galões e libras, mas também tem litros, milímetros e quilos, para felicidade de quem voa no Brasil. Então, para facilitar para você, vou converter tudo pras unidades daqui, embora eu tenha aprendido em libras, polegadas e galões.
Imagem 1 PB Canal Piloto Dois pesos e duas medidas
Cada avião tem um peso básico específico, que depende do peso de tudo que está instalado nele, até a tinta que foi usada para pintá-lo. Digamos que temos um Cessna 152 cujo peso básico vazio dele é 519kg, com CG de 809mm, useful load de 240kg e momento de 419871. Estes dados estão no avião e são itens obrigatórios.
Então vamos começar a brincadeira. Hoje sairemos com tanque cheio e duas pessoas de 70kg cada e 5kg de bagagem. Duas pessoas de 70kg são 140kg. Mais 5kg de bagagem, 145Kg. Mais tanque cheio, 92.7 litros, que equivalem a 66,7Kg (0,72kg/L). Logo, temos 140+5+66,7 = 211,7Kg. Portanto dentro do nosso peso máximo disponível de carregamento de 240kg.
Para verificar isso com o gráfico acima é muito simples: basta pegarmos os pesos e colocarmos lá na linha correspondente: a primeira linha, contínua, diz respeito ao piloto e ao passageiro (ela também diz respeito ao Cessna 152 com long range fuel tanks, mas não consideraremos isso pois o avião do nosso exemplo tem o tanque standard, que usa a linha pontilhada abaixo). Você pega a linha lateral e projeta no gráfico, 140kg sai em uma reta até a linha contínua e dali, você a projeta pra cima pra saber o momento: 140000kg/mm (linha vermelha). Fazemos a mesma coisa com o combustível na linha pequena espaçada: 72000kg/mm (linha azul). Agora com a bagagem na linha grande espaçada: 10000kg/mm (linha verde). Usando esse gráfico, você nem precisou fazer as contas. Logo, tem menos chance de errar.
Mas não dá pra evitar as contas pra sempre. Não se assuste, no entanto: elas são tão simples quanto vitais. Colocamos os dados que temos e vamos somando. Temos o basic empty weight e seu momento, assim como para o piloto+pax e pra bagagem. Somamos as duas colunas e teremos o zero fuel. Dividimos o momento do zero fuel pelo peso do zero fuel e temos o arm, que precisamos saber pra ver se o avião está dentro do envelope. Adicionamos o combustível e teremos o ramp weight, ou seja, o peso do avião pronto para o táxi. Coloquei os sinais de +, – e = para facilitar o entendimento. Também verificamos o arm dele, e veremos que ambos estão nos limites do gráfico 6-12, que reproduzirei mais abaixo.
Imagem 2 PB Canal Piloto Dois pesos e duas medidas
Para chegar ao peso de decolagem (Take off weigth), precisamos estimar o quanto gastaremos para chegar até a cabeceira e subtrair isso do nosso “ramp weight”. Um Boeing 737-800 considera 200kg de combustível para esse fim. Para o “start/táxi” de um Cessna 152, seremos bem mais econômicos: 11kg. O momento você calcula usando a tabela e também subtrai do momento anterior.
Pronto: já podemos colocar todos estes dados dentro do nosso gráfico de peso e balanceamento (o tal gráfico 6-12 do POH do Cessna 152).
Imagem 3 PB Canal Piloto Dois pesos e duas medidas
Como vocês puderam perceber, estão faltando o cálculo do “enroute fuel burn” e o “landing weight”. Esses cálculos envolvem performance, assunto que abordaremos em um próximo artigo. Afinal, o quanto você vai gastar de combustível na etapa vai determinar o seu peso e balanceamento durante o voo e durante o pouso.
Espero que os cálculos mostrados aqui tenham ficado claros, pois a ideia é mostrar que peso e balanceamento é algo mais fácil do que parece, e obrigação de todo piloto. Você já deve ter visto muita gente que costuma voar fora do envelope dizendo que “ah, mas tem uma margem de segurança aí”. Então eu pergunto: sendo a capacidade de carga um argumento vital de vendas, você acha mesmo que a Cessna ou qualquer outro fabricante venderia uma capacidade abaixo da verdadeira só para agradar pilotos preguiçosos? Um grande abraço e bons voos!
Enderson Rafael é Piloto Comercial MLTE/IFR pela FAA e ANAC, Comissário de Voo, escritor e um dos representantes no Brasil da Treasure Coast Flight Training, na Florida – EUA.

Flight Demonstration of P-40 Warhawk WWII Fighter Aircraft


B17 Bomber Start up and Take off




quinta-feira, 17 de abril de 2014

Sem palavras



Aviação Desportiva na Looping - Teaser Trailer

Teaser trailer do primeiro institucional produzido pelo Canal Piloto, focando nas motivações, treinamento e rotina dos alunos que buscam a carteira de Piloto de Aeronave Leve (CPL) na Looping - Escola de Aviação Leve, sediada em Atibaia/SP.


First Flights: Aérospatiale SA 315B Lama

Aérospatiale SA 315B Lama First Flights: Aérospatiale SA 315B Lama
Este belo helicóptero multi uso, que realizou seu primeiro voo no dia 17 de março de 1969, é o aniversariante de hoje.
Com uma semelhança bem grande com o aniversariante da semana passada (Alouette II), o Lama é uma aeronave feita para suportar altas temperaturas e baixa densidade.
Os componentes de seu motor e outras partes são uma combinação do Alouette II e Alouette III, ambos da Aérospatiale, mas partindo de uma exigência das Forças Armadas Indianas.
Na índia, ele é conhecido como Cheetah. Diferente do motor do Alouette II, que é um APU convertido, o Lama é equipado com o motor Turbomeca TM333-2M2, conhecido como HAL Cheetal.
Este motor foi projetado para 5 helicópteros e foi originalmente destinado para alimentar os Eurocopters AS365 Dauphin e AS565 Panther, depois passando a ser aplicado em outros equipamentos, como os indianos HAL Dhruv, HAL Cheetah (SA 315B Lama) e o HAL Chetak (Alouette III).
Assim como o Alouette II, o Lama também é um recordista em altas altitudes. Foi capaz de voar a 24.600 pés e ainda quebrar o recorde mundial de altitude absoluta de 40.814 pés. Logo em seguida, neste mesmo voo, foi registrada a mais longa auto-rotação da história, quando o motor entrou em combustão por conta da altitude.
Em 2012, foi relatado que com a quantidade de peças para reposição compatíveis cada vez menores para o Cheetah, os operadores estão sendo obrigados a “canibalizar” helicópteros, para repor as peças em falta de outros do mesmo modelo

First Flights: KAI KUH-1 Surion

KAI KUH 1 Surion Canal Piloto First Flights: KAI KUH 1 Surion
Bem semelhante ao Super Cougar, este belo utilitário de transporte médio está completando hoje 4 anos.
O KUH-1 Surion é um bimotor desenvolvido pela Korea Aerospace Industries (KAI), pela Agência de Desenvolvimento de Defesa (ADD), e pelo Instituto Coreano de Pesquisa Aeroespacial (KARI), em conjunto com a Eurocopter.
Sua produção em larga escala começou em 2012. Com o intuito de receber cerca de 245 Surions, a Coreia quer substituir toda a sua frota de UH-1 e helicópteros de ataque MD500, que estão em serviço há décadas. O intuito da Coreia do Sul não é se manter nos militares desse modelo, mas também construir variantes civis.
Sendo o maior negócio bélico já feito pela Coreia do Sul, a Eurocopter ainda recebeu 30% de participação na fase de desenvolvimento entre 2006 e 2012, e ainda receberá 20% na fase de produção nos próximos 10 anos. O contrato de produção tem o valor de € 2.900.000.000.
O Surion é alimentado por dois motores GE T700 Turboshaft, com 1.600 hp cada. O sistema dos capacetes HMD está por conta da israelense Elbit Systems, e seus grandes escapamentos supressores de IR são adaptados dos Eurocopter EC725.
Por enquanto, existem três variantes para o Surion. O KAH, que é uma adaptação que o transformou de um helicóptero de transporte, para um helicóptero de ataque; a versão Kuh-Medavac, utilizada para evacuação médica; e o Kuh-Amphibious, fazendo com que ele porte um sistema integrado de flutuação, um tanque de combustível auxiliar e equipamento de rádio especializado. No entanto, sua produção está prevista para começar só no final de 2015, com cerca de 40 exemplares planejados.


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Comandante” (Porta dos Fundos)

O vídeo desta 2ª feira do grupo de humor Porta dos Fundos é o “Comandante”, uma sátira aos ‘speeches’ rebuscados que muitos comandantes gostam de fazer. Vale a pena assistir, está bem divertido.


Promoção na Área


https://www.sorteiefb.com.br/tab/promocao/328526

Foto promoção

quinta-feira, 3 de abril de 2014

V22 Osprey Startup and Takeoff


CH47 in take off


Sikorsky UH-34D "Ugly Angel" YL-37 helicopter take-off

O YL-37 decola depois de uma visita a Santa Catarina School, em Tulsa, Oklahoma. O YL-37 é o único helicóptero UH-34D da Marinha, Sikorsky tem a história documentada em serviço no Vietname. Baseado fora de Inola, Oklahoma, foi restaurada e serve como um museu de vôo.


Agir antes de reagir


" Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado".

Reportado por Eduardo Mateus Nobrega na frequência Artigos
Incidente Canal Piloto Agir antes de reagir
O assunto de hoje trata do conceito de reação do piloto, e dos passos primordiais além dos obrigatórios numa emergência real. Como sabemos, cada piloto pode lidar de diferentes maneiras com uma situação ruim. Recentemente, tivemos um acidente com uma aeronave da Avianca, onde graças à reação do comandante, a emergência, ainda que grave, pôde ser contornada, e os riscos envolvidos na situação foram mitigados. Observando a reação do piloto, pude perceber que ali ele exemplificou todo o conceito de gerenciamento do risco no fator “durante”. Só para recordar, para maior compreensão do que seria “saber cair”, eu separei esse conceito em três partes: o “antes”, o “durante” e o “depois” da emergência, onde cada parte conta sensivelmente para a chance de sobrevida e de preservação da aeronave.
Voltando ao caso do voo da Avianca, o que pudemos tirar como exemplo foram a tranquilidade e frieza do piloto, sem nunca deixar de lado a sensibilidade com os demais a bordo na aeronave. Lembre-se: você não está sozinho no avião. Os outros que eventualmente ali estiverem podem não entender nada do que está acontecendo, e tranquilizar as pessoas informando o que precisa ser feito é primordial para, até mesmo, garantir que você o consiga fazer. Esse então seria o primeiro passo ante a uma emergência. Apesar de não estar nos manuais e no treinamento, é um passo muito importante e que não pode ser pulado. Mas isso não vai solucionar o problema, certo? A próxima etapa se resume em fazer o que um ex-professor meu dizia: pegue as regras, jogue-as fora, pegue então o manual da sua aeronave e faça dele a sua bíblia. Essa etapa do fator “durante” é muito técnica, e normalmente muito ensinada durante a instrução prática. Ela funcionará muito bem se você tiver cumprido os detalhes de um bom planejamento e conhecimento da sua aeronave, que seria o já citado fator “antes”.
Não me prendendo muito ao detalhes técnicos inerentes ao treinamento da aeronave, podemos partir para um ponto de igual importância. Uma vez que você tenha uma tripulação preparada, passageiros informados e tranquilizados, e a compreensão de que se encontra na fase de Detresfa (quando se sabe que um pouso de emergência será necessário), a escolha da área de pouso deve ser o próximo passo. Nesse caso, sempre deve ser considerado o pouso em lugares onde seja mais fácil a localização da aeronave, e onde o contato com o solo seja menos danoso à estrutura da aeronave, o que consequentemente acarretará em um menor choque para as pessoas a bordo. Parece muito intuitivo, mas ao contrário do exemplo do pouso no rio Hudson, nem sempre o pouso na água é a melhor alternativa. Muito embora este preserve e muito a aeronave, maiores riscos são envolvidos nessa alternativa, que deve ser tomada somente em momentos onde não haja outra possibilidade.